22 dezembro 2013 0 poesias

O Natal de todos nós

(escrito a 03/12/2003)

Depois de uma noite mal dormida,
Acorda a criança, imaginando o que tem no costurado sapatinho.
Ainda com cara sonolenta e adormecida,
Mas com o coração cheio de bondade e carinho.


O verde da árvore espreita entre algumas peças carinhosas.
O presépio, com alguns bonecos partidos, mostra Jesus e os seus acompanhantes.
A casa ainda tem o cheiro de uma pequena consoada algo apetitosa
E o que ainda resta de umas velas dá à escuridão da sala um brilho deslumbrante.

Finalmente, a doce criança vê o seu presente,
O seu sonho, enfim, tornar-se realidade!
Os seus lábios esboçam um sorriso transcendente
E os olhos, esses, não perdem a inocência e a bondade.


Tudo o que sempre sonhou estava agora tão perto
E nem toda a água de um mar
Nem toda a areia de um deserto
Lhe iria da sua desejada prenda separar

A prenda é uma singela boneca de trapos,
Que a mãe fez com as suas míseras possibilidades
E com algumas das poucas roupas que lhe restavam, simples farrapos,
Mas que abdicou para dar a uma filha a quem deseja grandes felicidades.

O Natal pode não chegar a toda a gente
Com grandes prendas e mesas cheias de refeições,
Mas chega ao peito de alguns simbolicamente,
Porque não existe dia marcado para abrirmos os nossos corações


Felicidades e Feliz Natal para todos os ricos… de espírito


18 dezembro 2013 0 poesias

10 motivos para ser...

Americano
1 - Ter ao seu dispor mais de 10 restaurantes de fast-food por km2
2 - Ter 90% dos produtos "Made in China" no supermercado
3 - Com 18 anos ser "expulso" de casa
4 - Poder conduzir aos 16 anos, mas só poder beber aos 21
5 - Saber que 32% do território americano é propriedade do Governo
6 - Usar as roupas mais estranhas e estúpidas e todos copiarem e chamar "moda"
7 - Poder pedir uma cerveja dizendo apenas: "Gimme a Bud" (Dá-me um Cu)
8 - Ser Texano, falar como homem rude do campo, vestir-me como homem rude do campo, e denominar-se “cowboy”
9 - Poder estudar de borla em Yale, desde que saiba jogar futebol americano
10 - Pensar que Portugal é uma cidade de Espanha

Alemão
1 – Oktoberfest
2 – BMW
3 – Volkswagen
4 – Audi
5 – Mercedes
6 – Conduzir a uma velocidade que em qualquer outro país do mundo daria prisão
7 – Não ter que aprender alemão como segunda língua
8 – Porsche (apesar de ser, inicialmente, da Áustria)
9 – Lidl
10 – Adidas

Francês
1 – Pensar que o Portugal não é um país sério
2 – Conseguir ser mal-humorado, mesmo morando na "cidade do amor"
3 – Se houver guerra, render-se logo para ganhar tempo
4 – Não precisar ler legendas nos filmes da Euro Channel
5 – Testar bombas atómicas nos países dos outros
6 – Ouvir a namorada a dizer ‘je t’aime, mon amour’
7 – Não precisar tomar muitos banhos
8 – Ser gay sem ninguém notar (afinal, todos falam com um sotaque estranho)
9 – Ter fama de ser um homem romântico, mesmo sendo só fama
10 – Ter uma selecção de futebol cheia de jogadores que não nasceram em França

Inglês
1 – Cerveja quente
2 – Confundir toda a gente com as regras do jogo de críquete
3 – Aceitar elegantemente as derrotas no desporto e chamar-lhe desportivismo
4 – Fazer a melhor batata cozida do mundo
5 – Partir-se a rir com as piadas do Mr. Bean
6 – Ser gentil e tolerante com os povos "inferiores" que os visitam
7 – Saber que todos os parasitas vêm da Escócia
8 – Duas guerras e um campeonato do mundo de futebol
9 – Com 2 anos já falar inglês
10 – Comer ao pequeno-almoço feijão, salsichas, bacon, ovos, cogumelos, bolacha feita com batata frita, tostas de pão e acompanhar com...chá.

Italiano
1 – Conhecer profundamente os mais bizarros formatos de massas
2 – Chamar o próprio carro de "la mia macchina", mesmo que seja uma lata velha
3 – Ser pacífico: as últimas glórias militares datam da Antiguidade
4 – Lamborghini
5 – Chamar futebol de ‘calcio’ e ainda assim ser tetracampeão do mundo
6 – Ter os melhores guarda-costas, bem ali na Sicília
7 – Saber falar com as mãos, mesmo ouvindo e falando bem
8 – Ser considerado o maior amante do mundo mesmo havendo o maior número de homos per capita
9 – Ter uma das melhores gastronomias do mundo: massas, pizzas, lasanha, "gelatos", etc.
10 – Meter-se com todas as mulheres que passam na rua

Espanhol
1 – Nenhum
2 – Perfumarem-se mas esquecerem-se de tomar banho
3 – Nenhum
4 – Serem os únicos a conseguirem-se destingir a eles próprios dos ciganos
5 – Nenhum
6 – Acreditar que são melhores que os portugueses (na verdade, não são!)
7 – Nenhum
8 – Ser vizinho de Portugal
9 – Nenhum
10 – Estar divido por províncias que querem independência mas considerarem-se um país cheio de espanhóis nacionalistas

Português
1 - Guiar como um maníaco e ninguém se importar com isso (e conduzir sempre pela faixa da esquerda)
2 - Viajar para qualquer país e encontrar outro português num restaurante
3 - Exigir que lhe chamem "Doutor" mesmo sendo um Zé Ninguém
4 – Ter a felicidade de não ter nascido espanhol
5 - Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista
6 - Algarve em Agosto
7 - Comer a melhor comida do mundo
8 - Elogiar as mulheres portuguesas na rua mesmo sem as conhecer
9 - Ter uma costa marítima enorme mas não poder pescar, ter terra fértil e não poder cultivar
10 - Ir passear ao domingo para a avenida principal para mostrar a roupa nova
12 dezembro 2013 0 poesias

10 memórias dos anos 90 (parte 2)

Em continuação do post anterior...aqui ficam mais 5 memórias dos anos 90.

6. Construíamos carros de rolamentos com tábuas de madeira e batíamos recordes em estradas de asfalto. Eram apenas precisos pedaços de palete, uns fios e rolamentos e tínhamos um carro pronto para as melhores descidas da zona. O risco dos travões falharem e de ter um acidente era enorme, mas a adrenalina proporcionada por este “veículos“ era espectacular.

7. Íamos para a rua brincar com a única condição de estar antes de anoitecer ou antes do jantar em casa. Não havia telemóveis, ninguém sabia onde estávamos. Quantas vezes fui a correr para casa depois de ouvir a minha mãe a gritar na esperança de ouvir a minha voz como quem espera pelo eco da serra.

8. Braços partidos, pernas partidas, cabeças rachadas. Ninguém se queixava, muito pelo contrário: vangloriavam-se por causa do facto de estarem assim, porque na maior dos casos era devido a alguma aventura arriscada que tinham feito.

9. Comíamos doces, pão com manteiga, bebidas com açúcar e não se falava em obesidade. As crianças eram activas e brincavam na rua, não se fechavam em casa a jogar computador ou a ver televisão (excepto na hora do Dragon Ball, que isso era tipo missa).

10. Dividíamos comida, trinca a trinca, e bebida, golo a golo e ninguém morria por isso. Uma garrafa, por vezes, rodava por um grupo de amigos e ninguém se preocupava com isso. Quando alguém comprava um bolo, não faltava gente por perto a pedir uma “trinca”.


E que mais recordações têm deste tempo?
10 dezembro 2013 0 poesias

10 memórias dos anos 90 (parte 1)

Este post (divido em dois) é dedicado àqueles que passaram a sua infância/adolescência durante os míticos anos 90, os anos em que a tecnologia parecia uma coisa utópica e em que se tinha medo da viragem do século. Ora em então vejamos alguns aspectos que alguns de vocês se sentirão identificados:

1. Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça nem air-bags. O cinto de segurança quanto muito, existia nos lugares da frente, mas nós, enquanto crianças, gostávamos de andar no lugar do meio para sentir a verdadeira experiência de ser livre lá atrás e poder fazer a farra à vontade. Claro que podíamos ser os primeiros a ir parar ao vidro em caso de acidente, mas ninguém se lembrava disso. Apoios de cabeça e air-bags? Isso eram mariquices de ricos.

2. Para jogar futebol não precisávamos de bonitos campos de relva sintética. Qualquer espaço servia. Tantas vezes joguei num largo desnivelado devido à quantidade de pedras que existia em conjunto com a terra batida, com as consequências de sair de lá esfarrapado ou com um pé torcido. E quando a bola ia para as silvas, era o filme do costume para ir busca-la. Tantas vezes joguei na minha rua, em que usávamos a parede como baliza.

3. Andávamos de bicicleta sem capacete ou qualquer outro tipo de protecção. Já ter uma bicicleta era uma alegria, quanto mais capacete. O gajo mais fixe da rua era o que fazia umas acrobacias com a bicicleta e o que se arriscava mais a espalhar-se à grande no chão. E se não tivéssemos uma BMX com o selim almofadado, chegávamos a casa com partes intimas mais quente que um forno a lenha.

4. Não havia telemóveis nem chats na internet…apenas amigos. Nessa altura, se queríamos falar com um amigo, o melhor era mesmo ir até casa dele a pé ou de bicicleta (mesmo quando eles moram a quilómetros de distância) e esperar que ele lá estivesse. 

5. Bebíamos água de uma torneira, de uma fonte ou de uma mangueira qualquer. Todas as águas eram próprias para consumo desde que matassem a sede depois de andar em aventuras e correrias. Podia ser uma fonte de qualidade duvidosa (como eu tenho perto de minha casa e onde bebi água muitas vezes), podia ser da mangueira da vizinha que a usava para regar os jardins, podia ser uma torneira que nem se sabia de onde trazia da água...o importante era ter água.
08 dezembro 2013 0 poesias

O mundo será dos sonhadores!

Foi no longínquo dia de de 15 de Abril de 2005 que escrevi estas palavras:

O mundo está entregue aos sonhadores! Àqueles que sonham com revoltas, àqueles que sonham com descobertas, àqueles que sonham com paz ou com uma vida digna ou simplesmente àqueles que sonham poder continuar a sonhar!

Não há pessoa mais rica do que aquele que sonha, pois desafia toda a sociedade consumista para apenas… imaginar! E há que aproveitar bem todos os sonhos enquanto ainda são de borla, pois o rumo que esta sociedade leva não me é nada agradável e leva-me a pensar (para pessoas sensíveis: é melhor pararem de ler, pois não quero ferir susceptibilidades) que qualquer dia temos que pagar imposto por cada peido que damos (isto é uma ironia a escorregar para a realidade!). Por isso, eu ando preocupado. Ando preocupado e com medo que as pessoas deixem de sonhar, demolindo assim as quatro paredes que formam a casa dos sonhos: a esperança, a motivação, a inspiração e a fé. O chão, esse, é a realidade, para termos plena consciência daquilo que fazemos…

O sonho é mais do que uma constante da vida, é a essência da vida!


Posto isto, não tenho mais nada a acrescentar...
05 dezembro 2013 0 poesias

As alforrecas estão a dar cabo disto tudo

 
As minhas férias de Verão deste ano foram passadas para os lados da Grande Lisboa. Para além da enorme beleza que se pode encontrar na capital enquanto turista e das maravilhosas experiências que se podem ter, presenciei um fenómeno que, a meu ver, não é normal: alforrecas por todo o lado! Por todo o lado, salvo seja! Nas águas que banham a costa lisboeta.

Primeiramente vi alforrecas (também conhecidas como medusas) no porto de Oeiras, o que me fez pasmar e questionar os meus poucos conhecimentos científicos nesta matéria. Depois, acabei por ver uma alforreca morta na praia de Carcavelos que – ao que parece foi comum este ano – e, por último, num passeio de barco pelo Estuário do Sado, vi uma quantidade enorme delas. Para quem nunca tinha visto nenhuma, até enjoei de vê-las.

Isto significa más notícias para o futuro dos mares: não só para todos aqueles que podem ser atacados por estes animais quando estão na água, como também para todos os animais que habitam no mar. Na competição pelos recursos, quase que acabaram com as anchovas, que servem de alimento a outras espécies de peixes. As alforrecas estão a ganhar terreno e, ao que parece, são resistentes a tudo, incluindo águas poluídas e repelentes químicos muito potentes.

Deve-se proteger todas as espécies animais, mas isto leva a pensar nesta espécie em questão, devido ao enorme perigo que estes animais podem provocar – “a dor não mata, mas é como uma vergastada concentrada num único ponto. Depois incha, irrita e arde” (Frederico Cardigos, ex-secretário regional para os Assuntos do Mar dos Açores). A solução passa por fazer o que fazemos aos outros animais: comê-las!

E em jeito de conclusão vocês perguntam: porque é que este gajo está a escrever sobre isto? Ele é biólogo? Não, isso é a Francisca. Ele é engenheiro do ambiente? Não, isso é o Fábio. Então o que é que ele é? Simplesmente aquilo que chamam de…estúpido! Basicamente. Um estúpido que gosta de escrever sobre o que lhe vem à ideia. E hoje veio-me à ideia escrever sobre isto depois de ler um artigo sobre esta temática.

Não, não só fotos de OVNI's! Isto são tentativas de fotografias das ditas cujas.
03 dezembro 2013 0 poesias

Conselho Profissional

Um padre estava a conduzir rumo à sua paróquia quando viu na estrada uma freira conhecia sua. Ele pára e diz:

- Irmã, suba que eu levo-a ao convento.

A freira entra e senta-se no banco do do passageiro, cruza as pernas e o hábito abre-se deixando uma coxa escultural à mostra. O padre olha e continua a conduzir. Numa troca de mudança, ele coloca a mão sobre a perna, e a freira diz-lhe:

- Padre, lembre-se do salmo 129

O padre pede desculpas e continua a conduzir. Aquela pernoca enloqueceu o padre. Mais adiante, noutra troca de mudança, ele volta a colocar a mão na perna da freira, que repete:

- Padre, lembre-se do salmo 129

O padre desculpa-se, dizendo:

- Perdoe-me irmã, mas sabe que a carne é fraca.

Ao chegar ao convento, a freira sai. O padre, ao chegar à sua igreja, corre até à Bíblia para ler o tal Salmo 129. Estava escrito: "Siga procurando, que logo acima encontrarás a glória!"

MORAL DA HISTÓRIA:
Ou sabes muito sobre a tua profissão, ou vai perder as melhores oportunidades.


01 dezembro 2013 0 poesias

Se…

Se a nota disser: não é uma nota que fará a música,
… não haverá música.

Se a palavra disser: não é uma palavra que fará uma página,
… não haverá livro.

Se a pedra disser: não é com uma pedra que se ergue uma parede,
… não haverá casa.

Se a gota de água disser: não é com uma gota de água que se fará um rio,
… não haverá oceano.

Se o grão de trigo disser: não é com um grão de trigo que se semeará um campo,
… jamais haverá seara.

Se o homem disser: não é um gesto de amor que poderá salvar a Humanidade,
… jamais haverá justiça e paz, dignidade e felicidade, na terra dos homens.



Michel Quoist


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