Há algo de extremamente importante na sociedade que está intrinsecamente ligado à cultura tuga. Não me refiro ao bacalhau, ao fado ou até mesmo ao comodismo em doses exageradas, estou a falar de algo que deveria ser estudado nas escolas, visto que está em constante evolução e é preciso qualquer pessoa estar actualizada em relação a isso. Estou a falar, claro, dos piropos! =)
Os piropos é algo que deveria ser estudado em psicologia, pois diz muito de quem o envia e de quem o recebe. Existem os piropos que permite ver de onde as pessoas são, isto é são piropos regionais, como por exemplo, “pareces um helicóptero: gira e boa”. Através deste piropo, sabe-se que se está perante um homem do norte. Por outro lado, existem aqueles que tem em si um sentido de paternidade, pois começam os seus piropos por “oh filha”, como no caso, “Oh filha, quem me dera ser talhante só para te pôr a mão na febra”. Podemos encontrar também os impacientes que usam a técnica da pergunta retórica ao invés de esperar um feedback da usa presa: “Sabes onde ficava bem essa tua roupa? Toda amarrotada no chão do meu quarto”.
Existem também os piropos que demonstram qualidades/interesses em certas áreas, senão vejamos: os que demonstram interesse por mecânica - “Tu aí cheia de curvas e eu aqui sem travões”; os poliglotas – “Come to me que eu como-te a ti”; aqueles que se interessam pelas questões da natalidade – “Mãe que pare assim, devia parir de 3 em 3 meses….”; outros que se preocupam com os incêndios – “No Verão não podes sair à rua, tal é o risco de provocares incêndios”; os peixeiros – “Vim agora da pesca. Vai um linguado?” e os apaixonados por ficção cientifica – “Onde é que estacionaste a nave? É que mulher como tu só se for de outro planeta”.
Muito mais se poderia dizer sobre este aspecto tão importante na nossa cultura, mas o melhor é ficar para uma próxima, pois este é um assunto que não dava para fazer um livro, mas sim uma biblioteca. Um bom fim de semana para todos!