"Aos homens falta-lhe sempre uma peça. Pelo menos até aos trinta anos. Primeiro porque não fazem a mínima ideia do que é o amor. Depois, quando o descobrem, não fazem a mínima ideia do que fazer com ele".
Margarida Rebelo Pinto in "Pessoas como nós"
Ao ler o livro "Pessoas como nós" - de uma autora que já tinha há muito curiosidade em ler - deparei-me com esta expressão. É daquelas que, definitivamente, me deixou a pensar pela forma como expressa uma verdade (?!) de uma maneira tão irónica.
Questiono, antes de mais, a veracidade de tal expressão, porque apesar de ser homem, sinto que conheço esse sentimento complexo que é o amor. Agora se realmente sei o que fazer com ele, isso já é uma questão à qual tento dar resposta diariamente.
No entanto, sei que muitos homens não o conhecem ou, na maioria das vezes, tem um certo receio de o conhecer. Esses mesmos homens, escondidos por detrás de um falso machismo, usam a desculpa de não se quererem prender, de não precisarem de uma mulher porque podem ter muitas, de quererem simplesmente "aproveitar a vida". Como se o amor fosse algum obstáculo à filosofia do carpe diem...
Não quero com isto reconhecer que as pessoas têm razão no campo dos relacionamentos, mas sim reconhecer que como são o sexo forte no que compete a essa temática, têm a obrigação de facilitar a vida a nós que somos leigos nessa matéria.
Os homens querem conhecer melhor o amor ou estou enganado?
