Agora que o Verão já se foi e os eventos tendem a diminuir, talvez seja altura para fazer um rescaldo daquilo que vi a nível de concertos. Enquanto ressaco pela volta de Gabriel o Pensador a Portugal para mais um concerto desse senhor e enquanto sonho com a possibilidade de ver um concerto de Jack Johnson, lá fui vendo alguns artísticas que também estão na minha lista de preferências musicais (e infelizmente o concerto de Norah Jones não está na lista).
Ben Harper, no festival Marés Vivas, na minha opinião (e reforço que é a minha opinião, contrária à de muita gente), foi uma uma desilusão. Esperava muito mais de um dos meus cantores favoritos. O recinto estava cheio para receber o concerto mais esperado do festival e a performance dele foi muito boa, mas estava à espera de ouvir aqueles clássicos que caracterizam Ben Harper como Sexual Healing, Steal my kisses ou With my own two hands. Em vez disso, optou por abrir o concerto com a grande Diamonds on the inside e continuar com músicas menos conhecidas, intercaladas com muitos slows. Para um recinto fechado talvez fosse uma boa estratégia...mas para um festival esperava-se um show mais animado, digo eu.
Mafalda Veiga, na FATACIL (Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Industria de Lagoa) foi de arrepiar (literalmente). Mafalda Veiga é uma das minhas cantoras favoritas a nível nacional e já há muito que desejava vê-la ao vivo. A oportunidade apareceu no Algarve e não a desperdicei. Foi simplesmente espectacular, esta senhora é detentora de uma voz encantadora e a maneira como fala com o público é fascinante (cheguei a apaixonar-me por ela a meio do concerto). É um exemplo para a música portuguesa: músicas em português, de grande qualidade e uma postura humilde, como se quer.
James Morrison, na EXPOFACIC (Exposição-Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede), mostrou que não é preciso grandes palcos para de dar um grande concerto. Não era um grande festival de verão, era apenas um local simples que assistiu a um grande concerto deste cantor pop. Os sucessos não faltaram e fizeram o muito público presente vibrar: Broken string (sem a Nelly Furtado, infelizmente), You give me something ou Please don't stop the rain são alguns exemplos.
Mind da Gap, no Porto Sounds, foi estrondoso. O hip hop tuga é assumidamente o meu estilo de música favorito. O hip hop é um estilo de música em que o mais importante é a mensagem que se transmite e, nesse aspecto, os Mind da Gap são reis. Com alguns anos de experiência e a tocar em casa, deram um show fenomenal, num palco montado a meio da Rua Cândido dos Reis. Cheios de boa energia, tocaram sons do novo álbum Essência, mas também não se esqueceram dos grande clássicos como Todos Gordos, Falsos Amigos ou da música que usaram para abertura do concerto: Invicta.
Morcheeba, no festival Marés Vivas, foi um concerto de uma das minhas cantoras favoritas (e companheira daqueles momentos de relax) que, infelizmente, não prestei muita atenção. Perdi-me nas atracções do festival e acabei por ver pouco do concerto, mas, mesmo assim, ainda deu para aproveitar o grande som de Rome wasn't built in a day e Otherside.