O tema gera sempre polémica, principalmente por não tem tem uma noção das coisas no seu todo. Senão vejamos: para mim, enquanto mero apreciador de arte urbana, sei bem distinguir quando falamos de graffitis e quando se fala dos (demasiado) vulgares tags. E o que são esses tags? São os nomes/pseudónimos dos writers (também apelidados de borradores de paredes, por Rui Rio) e servem para - dizendo isto de uma forma laica e primitiva - marcar território e tentar ganhar algum protagonismo.
Tag |
Partindo desta premissa, se me disserem que o que vemos nas cidades é um exagero de tags, muitos deles em locais impróprios e até patrimoniais, nomeadamente na cidade em questão - o Porto - concordo plenamente. Agora não me venham dizer que graffitis (artísticos e bem conseguidos) borram as cidades, pois só vêm dar cor a locais que, muitas das vezes, são cinzentos e causam o medo às pessoas.
Graffiti |
A solução para isso é simples, mas talvez demasiado complexa para os políticos: criar espaços onde os writers possam exercer livre e legalmente esta actividade. Fazer um graffiti não fica propriamente barato e se muitos o fazem é pela paixão à arte urbana, algo que é completamente diferente do vandalismo. Se esses tivessem um espaço para eles (pois são esses que o merecem), já não havia tanta polémica em relação a esta temática. Pense nisso Sr. Rui Rio...não faltam muros no Porto que podiam ser embelezados na vez de borrados.