A A32 foi inaugurada há cinco meses e dá a sensação de ter tido mais gente a falar dela do que a percorrê-la. A autoestrada que custou 11 milhões por quilómetro (386 milhões, no total) está às moscas.
A Brisa e a Auto-Estradas Douro Litoral divulgam, esta quarta-feira, os dados de tráfego das suas concessões para o quarto trimestre de 2011. No que diz respeito às estradas do Norte, serão conhecidos dados para a A1, A4 e A3 e ainda da concessão Douro Litoral - A41 Picoto/Ermida, A43 e A32.
Pois é, esta notícia não traz novidades a quem foi vendo esta Auto-Estrada ser construída tão perto da A29, da A1 e da IC2 e, numa altura em que as SCUT's eram tema de discussão. Esperava-se, no entanto, uma alternativa de acesso ao Porto, fugindo um pouco ao trânsito e poupando uns trocos na A1.
Isto foi algo que não aconteceu, porque um trajecto nesta nova Auto-Estrada desde, por exemplo, da Feira até ao Porto é mais caro cerca de 0,50€ se comparado com a A1 e 1,50€ em relação à A29. Todas estas Auto-Estradas distam poucos quilómetros e, mesmo com estas três possibilidades (todas elas pagas), a estrada mais movimentada acaba por ser a velhinha IC2 (a solução sem custos).
O dinheiro gasto nesta Auto-Estada podia ter sido investido na IC2, uma estrada que não constitui uma real alternativa às Auto-Estradas devido às suas condições...
(e ainda há o pormenor de parte da A32 estar inutilizável)