As minhas origens rurais fizeram de mim um apaixonado pelo chão que eu piso, um patriota incurável. Por essa razão, defendo sempre a minha terra, mesmo sabendo que ela está longe de ser perfeita (mas também a perfeição é tão aborrecida), mesmo sabendo que é pobre (não o somos todos em tantos aspectos?), mesmo ficando a dever tanto ao desenvolvimento.
Não quero com isto dizer que não falo mal deste país, porque falo. Não, na verdade, até não falo. Falo mal é das pessoas que o representam, de pessoas que não são representativas de um povo que trabalha diariamente por uma vida melhor, tentando, no fundo, levar o país para frente. Este país tem riquezas e valências nos mais vários quadrantes: desde tecnológicas a ambientais, passando pelas culturais e desportivas até à ciência e aos negócios. Não tenham dúvidas que temos qualidade, não temos é uma boa representação.
Mas, antes de ser português, sou cucujanense! Sou orgulhosamente desta modesta vila que me viu crescer e, como tal, apoio todas as iniciativas de desenvolvimento que por aqui se fazem. Por essa razão, venho aqui deixar uma palavra de incentivo ao Museu Regional de Cucujães. Museu este que nunca visitei (shame on me!), simplesmente porque não sou muito pessoa de ir a museus e porque acabamos sempre por nunca fazer turismo perto de casa.
Este museu está situado num edifício que outrora foi palco de lições para alunos do sexo masculino e foi inaugurado a 13 de Julho de 2002. Visitar este museu permite-te fazer uma viagem no tempo e conhecer, de uma forma geral, como era a vida dos seus antepassados ou recordar tempos de outrora.
Além da área museológica o Museu Regional de Cucujães promove várias iniciativas culturais na freguesia, destacando-se as Desfolhadas à Moda Antiga e o Espectáculo de Concertinas, que reúne em Cucujães dezenas de concertinistas da região. Em 2009 foi responsável pela organização de uma exposição inédita dedicada ao Linho e às pessoas que nele trabalharam.
Aqui nasceu o Grupo de Cantares do Museu Regional de Cucujães e o Grupo de Bombos e Gigantones “Os Janizários”. Actualmente promove, ainda, uma Escola de Concertinas.