Ainda na senda da retrospectiva do ano transacto, planeei escrever sobre mais um grupo temático, só que o tempo não tem permitido uma postagem regular e, por isso, vou resumir o que faltava falar em apenas um post e destacar aqui algumas coisas que ainda não foram faladas nos posts anteriores:
1. Tecnologia
No início de Março, Steve Jobs, ainda CEO da Apple, apresentou o iPad2 em S. Francisco. O novo gadget chegou a Portugal no final de Março. Steve Jobs, que renunciou ao cargo de CEO da Apple devido a doença, acabou por falecer a 5 de Outubro, vítima de cancro do pâncreas - tinha 56 anos. Por toda a parte se sentiu um pesar pela perda deste génio criativo fundador da Apple.
A Nintendo lançou a consola portátil 3DS. Apesar de ser
aclamado pela crítica pela tela 3D (sem a necessidade de óculos) e o
entusiasmo dos fãs da Nintendo, uma linha de jogos fraca resultou em
vendas baixas para a Grande N.
Numa jogada surpreendente, a Microsoft anunciou a aquisição da empresa
de telefonia online Skype pela quantia gigantesca de 8.5 bilhões de
dólares.
O Google lançou sua nova rede social para concorrer directamente com o
Facebook. No início, o site era acessível apenas para convidados. Com o
recurso de criar vários grupos de amigos, o Google tentou diferenciar-se
do Facebook. Até Novembro de 2011, o Google+ reunia cerca de 50 milhões
de utilizadores, contra cerca de 800 milhões no Facebook.
2. Música
2011 a nível musical está inevitavelmente ligado à grande Adele. O seu álbum “21” foi um sucesso inesperado (inclusive para ela) e passou tanto na rádio e em tudo quanto era sítio que chegou quase a enjoar. A “Rolling in the deep” foi o início da saga de sucesso, que passou pelo grande e marcante “Someone like you” e só acabou com “Set fire to the rain”.
Quando os Coldplay pareciam ter chegado ao seu auge, com o álbum “Viva la Vida”, eles voltam com o seu quinto disco “Mylo Xyloto”. Quem é que ainda não ouviu a “Every teardrop is a waterfall” ou a já muito tocada “Paradise”?
No Pop, tivemos os nomes habituais em destaque: Katy Perry (com músicas como “Last Friday Night” ou “Fireworks”); Jennifer Lopez (com o seu êxito “On the floor”, que o Continente adaptou para a sua campanha da Popota); Britney Spears que regressou ao sucesso com o seu álbum “Femme Fatale” e Lady Gaga, ao seu estilo, fez sucesso com o album "Born This Way". Não podemos esquecer a inevitável Rihanna e Bruno Mars, com tantos singles de sucesso que já se perdeu a conta. “Moves like Jagger” dos Maroon 5 com Aguilera ou LMFAO “Party Rock Anthem” foram também algumas músicas que fizeram sucesso nas rádios.
Há que destacar outro (estranho) caso de sucesso, o de Rebecca Black, com a sua música "Friday". Este foi daqueles casos em que a música era tão má, mas tão má, que atingiu o auge (o vídeo mais visto de 2011 no Youtube) por isso mesmo.
3. Política Internacional
No mês seguinte, no Egipto, Mubarak renuncia ao poder. Após 18 dias consecutivos de contestação, que o mundo acompanhou através
das imagens da praça Tahrir, no Cairo, o presidente egípcio Hosni
Mubarak renuncia ao cargo. A onda de contestação fez pelo menos 300
mortos e vários milhares de feridos, segundo balanços da ONU e da Human
Rights Watch.
A 26 de Junho,
a Grécia aprovava no Parlamento um novo pacote de medidas de austeridade. Nos dias que se seguiram, os protestos e a revolta encheram as ruas de Atenas e os manifestantes envolveram-se em confrontos violentos com as autoridades.
Isto fez-nos perceber aquilo que nos esperava...
Em Itália, a 12 de Novembrom os deputados italianos adoptaram definitivamente as medidas requeridas pela União Europeia para reduzir a dívida. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi apresenta a sua demissão ao presidente Napolitano. No dia 13, Mario Monti é formalmente nomeado para o cargo.
A 17 de Dezembro, a televisão norte-coreana anunciou a morte de Kim Jong-il, o Querido Líder, que governava este país de regime comunista desde 1994. O poder foi transferido para o filho mais novo, Kim Jong-un.
4. Líbia (este caso até merece destaque especial)
A Líbia foi um país que passou por uma grande mudança em 2011. Tudo começou a 16 de Fevereiro, com uma rebelião sem precedentes contra o regime de Muammar
Kadhafi. A revolta, inspirada pelos exemplos da Tunísia e do Egipto,
começa na cidade oriental de Benghazi e espalha-se rapidamente ao resto
do país. Dia 22, pela primeira vez após uma semana de revolta no seu país, o presidente
da Líbia, Muammar Kadhafi, garantiu na televisão estatal que ia
permanecer na Líbia como "chefe da revolução", combater os manifestantes
e "morrer como um mártir". Kadhafi ameaçou os insurrectos com a pena de
morte e acusou os países árabes e estrangeiros de tentarem destabilizar
a Líbia.
A 22 de Julho, os rebeldes líbios tomaram o poder em Tripoli, a capital da Líbia,
controlando o aeroporto, a televisão e a rádio estatal. Milhares de
líbios festejaram a queda do regime em várias cidades do país. Kadhafi,
no entanto, mantinha-se em parte incerta.
A 20 de Outubro, o Conselho Nacional de Transição da Líbia anunciou a captura e morte de
Kadhafi, e as imagens posteriores confirmaram-no. O ditador, que
governou o país durante 42 anos, foi capturado pelas forças rebeldes,
espancado e alvejado na região de Sirte, de onde era natural.
5. Natureza
O ano começou com más notícias no outro lado do Oceano.
A 11 de Janeiro, chuvas torrenciais deixaram marcas no estado do Rio do Janeiro:
a região serrana foi a mais atingida, contabilizando mais de 600
mortes. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo foram as cidades mais
afectadas.
Em Março foi a vez do Japão assistir a uma catástrofe natural: um sismo com magnitude 8,9 foi sentido ao largo da costa nordeste do
Japão, gerando um tsunami que devastou a zona. Morreram mais de 30 mil
pessoas. A resposta da população japonesa a este evento foi algo que surpreendeu o mundo.